A região de estudo consiste na cidade satélite do Paranoá e Ceilândia, uma área de grande ocupação e muitos conflitos. Considerada uma cidade vida, apresenta uma grande movimentação da população e um forte comércio, no entanto faltam oportunidades e estímulos para a ciência.

 

O projeto está estruturado da seguinte forma: atividades de acolhimento e motivação. As intervenções nas escolas vão acontecer em quatro etapas:

 

  1. Experimentação na escola e na UnB. Nesta etapa vamos abordar temas que envolvem os conceitos iniciais e elementares e serão construídos materiais experimentais com as participantes na escola. Em seguida serão desenvolvidas

  2. Aulas experimentais nos laboratórios do IF/UnB, com os mesmos conceitos, porém em um contexto universitário;

  3. Palestras, oficinas e rodas de conversas: Para alunas da graduação e para participantes do projeto, abordando de forma contextualizada os seguintes temas: Mulher, Ciência e sua importância na Física e áreas afins;

  4. Curso de Formação do professor na experimentação/teoria do ensino de Física. Esta etapa será realizada com os professores da escola que ministram a disciplina de ciências e física, um curso de experimentação/teoria, de formação de 40 horas, no IF/UnB.

 

Na última etapa organizamos com as participantes a produção e divulgação de um e-book com as experiências vivenciadas e um guia de experimentos desenvolvido ao longo do projeto.

 

A Metodologia de pesquisa escolhida é a pesquisa-ação, pois essa é uma forma de investigação baseada em uma autorreflexão coletiva empreendida pelos participantes de um grupo social de maneira a melhorar a racionalidade e a justiça de suas próprias práticas sociais e educacionais, como também o seu entendimento dessas práticas e de situações onde essas práticas acontecem. (KEMMIS e MC TAGGART,1988). A abordagem é de uma pesquisa-ação apenas quando ela é colaborativa, como é o caso que implementaremos. Consideraremos ainda como referencial teórico o sócio-interacionismo de Vigotsky (MOREIRA, 2011).

 

 

Referências Bibliográficas:

 

[1] Andrade, V. C. e Chwantes, C. C, Mulheres no campo da pesquisa em Física e Ciências Exatas na contemporaneidade. In: Cristina Stevens; Susane Oliveira; Valeska Zanello. (Org.). Mulheres e Violências - Interseccionalidades. 1ed. Brasília: Technopolitik, 2017, v. 1, p. 445-456.

[2] Andrade, V. C, Malabarismo com facas: Física e Gênero. In: Cristina Stevens, Suzana Rodrigues de Oliveira e Valeska Zanello. (Org.). Estudos Feministas e de Gênero: Articulações e Perspectivas. 1ed.Florianópolis: editora Mulheres, 2014, v. 1, p. 304-312.

[3] Saitovitch, Elisa B., Funchal, Renata Z., Barbosa, Márcia C., Pinho, Suani T. R. de.; Santana, Ademir E. de., Mulheres na Física, Livraria da Física, 2015.

[5] Laurentis, Teresa De. A tecnologia do gênero. Tradução de Suzana Funck. In: Holanda, Heloisa (Org.). Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.

[6] Butler, Judith. Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do sexo. In Louro, Guacira Lopes (org). O corpo educado: pedagogias da sexualidades. Disponível em http://disciplinas.stoa.usp.br/pluginfile.php/166106/mod_resource/content/1/LOUROGuacira-L._O-corpo-educado-pedagogias-da-sexualidade.pdf.

[7] Barbosa, Márcia C.; Lima, Betina S. Mulheres na Física no Brasil: por que tão poucas? E por que tão devagar?. In: Yannoulas, Silvia Cristina (Coord.). Trabalhadoras: análise da feminização das profissões e ocupações. Brasília: Abaré, 2013. p. 38-53.

[8] Matemática no Ensino Médio: desafios e iniciativas. Marcelo Viana (IMPA).